domingo, 7 de setembro de 2014

Imaginação de criança

    Se há algo que eu acho realmente fascinante em uma criança é sua capacidade de imaginação. A imaginação deles é o que faz com que quando ganhem um presente fantástico que a tia gastou a maior grana para comprar se interessem mais pelo embrulho e pela caixa do que pelo presente em si. Os melhores brinquedos geralmente são aqueles que não são originalmente brinquedos. 
    Qual o chocalho que um bebê vai gostar mais? Um cheio de coisas da marca tal, certificado vinte mil vezes pelo inmetro, indicado pela sociedade sei lá o que de pediatria, ou uma boa e velha garrafinha de refri caçulinha com um punhado de arroz ou qualquer outro grão dentro? Pode ter certeza que a garrafinha.
    Para os maiorzinhos quer coisa mais divertida que fazer telefone de potinho de iogurte, pé de lata de leite e motor de moto na bicicleta com tampa de margarina? Eu adoro esses brinquedos inventados e entro na onda da criançada.
   Aqui em casa a Violeta agora tem seu próprio estetoscópio, que ela chama de "scópio". Eu não precisei gastar nenhum centavo em nenhum equipamento de médico de brinquedo. Um belo dia ela achou uma alça de tecido de uma sacola de papelão que tinha se rasgado e ficado com um pedacinho do papelão na ponta, pendurou no pescoço e saiu examinando todo mundo, inclusive os gatos e dava diagnósticos pela casa "mamãe, acho que vovó tá dodói", "a Vovó tá dodói Violeta?"e ela dizia "muto dodói". Examinou a gata e disse "A Maí não tá dodói".
    Adorei a brincadeira, até porque a Violeta por ter tido problemas quando bebê, foi muito a médicos, ficou hospitalizada mais de uma vez e tinha pavor a médico. Cada consulta, mesmo as de rotina, eram verdadeiras guerras. Ela não podia ver ninguém de jaleco branco que tinha um chilique. Claro que a gente sempre conversou com ela e explicou que aquelas pessoas iriam ajudar ela a ficar boa, mas não adiantava muito. Agora que ela está um pouco maior, consegui levar ela a uma consulta com o pediatra sem que ela tivesse um ataque histérico, com muita explicação e promessas de recompensa pelo bom comportamento. Mas o que importa é que ela conseguiu vencer o medo e com essa simples brincadeira em casa me dei conta que ela realmente evoluíu nessa questão, já consegue entender que o médico examina pra ver se tá "dodói"e resolver o problema e não para fazer "dodói".
   Ah..... apesar dos avanços no relacionamento com os médicos não pretendo como incentivo dar nenhum kit de brinquedo de médico, estou adorando o "scópio" de  alça de sacola, acho divertidíssimo.
 Examinando o pé da vovó!

O "Scópio" é esse aqui

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Vamos cortar o cabelo?

   Quando meu afilhado era bem pequenininho, se alguém dissesse que precisava cortar a unha ou o cabelo, ele achava que iria machucar. Com a Violeta noto o mesmo problema. Sempre quando falo que tem que cortar, começa o chororô porque vai doer. Já tentei explicar que não dói, mas não adianta é um drama só. Ela nunca se cortou, mas já viu eu me cortar com a faca quando estava cortando legumes, já deve ter visto o pai dela se cortar também em uma circustância similar, mas ela em si nunca (ainda bem) se cortou e pelo jeito nem pretende.
   Dá última vez que fui cortar a franja dela cheguei a conclusão que não iria mais usar o verbo "cortar", decidi que o mais adequado era dizer "aparar". Pensei que essa adequação no meu vocabulário iria me ajudar. Não adiantou nada! Cheguei para minha fofa e disse "Violeta, vamos aparar a franja?!", ela me respondeu "huuuummmmm....não!". Eu não querendo traumatizar a pessoa deixei passar, passou mais um tempo tentei de novo e a resposta "huuuuuuummmmmmm.....não!"Passamos uma semana assim, eu tentando convencer ela que cortar a franja era uma boa coisa, e a franja crescendo cada vez mais e entrando nos olhinhos e nada da picurrucha concordar.
   Depois de uma semana decidi que não era mais viável eu não conseguir fazer uma criança de dois anos cortar a franjinha. Abandonei as teorias de que ela precisava estar plenamente de acordo com que iríamos fazer e apelei para uma negociação "monetária" e propus: "Violeta se tu deixar eu aparar tua franja te dou um pirulito",  e ela me respondeu "Um piruíto?", eu disse "sim, um pirulito". Ela pensou um pouquinho e me disse "da piruíto e Violeta deixa apaaa fanja".  Putz, foi o que pensei, ela percebeu que eu estava tentando negociar e se mostrou uma boa negociante. Insisti "Violeta deixa mamãe aparar tua franja e te dou um pirulito", e ela respondeu irredutível "Nanana, dá piruíto e deixa apaa fanja". Eu que até posso parecer meio burra ao entrar em uma negociação com uma pessoa tatibitati que ainda não atingiu um metro de altura, mas não sou completamente idiota percebi que ela estava tentando em enrolar  respondi "Não Violeta. Primeiro a franja e depois o pirulito."e assim nós ficamos quase uma hora. Já estava louca pra dizer "Vem aqui cortar a porra da franja", mas não ficava bem e nem eu teria coragem de falar assim com a minha picurrucha amada.
    Então, abandonei as teorias de que ela precisava concordar, desisti de tentar comprar ela, abandonei os escrúpulos e assumi minha postura ditatorial, e disse "Violeta! Tu vai aparar a franja com má vontade ou com boa vontade?" ela disse que não ia aparar a franja. Pedi auxílio a um adulto habilitado, no caso minha mãe, que segurou a fofura furiosa e cortei a franja bem curtinha para não ter que me preocupar com isso tão cedo. Quando minha mãe soltou ela, que estava aos berros, veio indignada de dedo em risti e me disse "E agoia meu piruíto, agoia!". Compramos o pirulito e ficou tudo bem, simples assim.
   Depois conversando com outras mães descobri que é assim mesmo, a maioria das crianças não quer nem ouvir falar em cortar cabelo ou unha. Agora para cortar unha dou praticamente um wazari na Violeta e corto as unhas, ela dá uma chorada, mas logo passa e cheguei a conclusão que há coisas na vida que precisam ser feitas quer a fofura queira ou não. Acho que isso é um princípio de adequação social. Na vida é assim temos que seguir regras e tem horas que precisamos fazer coisas que não queremos, mas temos, simples assim.

 O beiço da figura!

 Minha auxiliar de cozinha

Muito saudável

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Respeitável Público

    Porto Alegre teve uma epidemia de circos. Só por onde circulo tem três (deve ser efeito das férias de julho). Eu obviamente não poderia deixar de levar a Violeta em pelo menos um. Pesquisei entre os que tinham relativamente próximo da nossa casa e resolvemos ir ao Circo Portugal que parecia ser o melhor (e também o mais carinho, leia agora: cara de sofrimento no bolso).  Esperei o início do mês para "desfalir", porque o custo não são só os ingressos, mas também o que vendem lá. Fomos no sábado passado.
   Meu marido não é grande fã de circo, então fomos Violeta, eu e minhas duas fiéis escudeiras (minha mãe e minha tia). Conclusão por mais caro que seja o espetáculo, seja ele circo, show, teatro e afins vale cada centavo investido. A Violeta fica maluquinha, pula, dança, comenta é a mais animada da platéia. Ela amou o circo, eu confesso que também gostei. Deveria fazer mais ou menos uns 25 anos que eu não entrava em um circo e achei bem bom. Na época que eu tinha ido ainda era permitido maltratar os animais e tinham vários infelizes bichinhos, agora não tem mais e eles não fazem a menor falta para o espetáculo que continua divertido e cheio de atrações.
    Violeta dançou, bateu palma e gritava para a trapezista "Cuidado! Cuidado! Tu vai cair!". Quando saímos, ela entrou no carro e dormiu. Dormiu até de noite bem tarde, acordou e disse "Vamos no circo de novo?". Ontem fomos ao shopping comprar presente do dia dos pais e quando estávamos saindo, ela me olhou e disse "e agora? vamos no circo?". O sucesso da programação foi tão grande que estou avaliando se sábado que vem não vamos repetir a dose.
    Bom... para quem não levou a criançada no circo, por favor leve, porque não há infância sem circo. Aqui em Porto Alegre, nessa semana, dá pra ir no Circo Portugal (do lado do shopping Praia de Belas), no Circo de Roma (na Av. Juca Batista) e o Circo Mágico estava aqui, mas agora foi para Novo Hamburgo. Tanto o Circo Portugal, como o de Roma  tem página no facebook com as principais informções (horários e preços).

 Animadíssima dançando no circo!

Minha pequena encantadora de cães

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Por que os filhos adoecem?

   Alguém me explica, por favor: Por que os filhos ficam doente? Isso deveria ser proibido por lei. O filho adoece o coração da mamãe padece. Por mais que seja só um resfriadinho, uma coisinha passageira é inevitável não ser invadida por um mundo de dúvidas e preocupações. 
   Já passei pela situação de uma coisa mais grave que foi quando descobrimos os problemas cardíacos da minha pequena Violetinha, que foram 10 meses de grande preocupação. Cada ida ao pediatra e ao cardiologista era sempre um episódio de tensão. Cada exame feito era uma angústia só. Depois de 10 meses ela fez o procedimento para correção e tudo foi muito tenso, mas ela se saiu muitíssimo bem.
   Infelizmente essas experiências mais "hard" não tornam os resfriados e viroses próprias da idade menos incomôdos, talvez cause até efeito contrário. A febre vem e vai e a vontade mais honesta da mamãe aqui é colocar naquele pequeno suvaquinho o termômetro de 10 em 10 minutos, mas o lado mais lúcido avisa que isso em nada vai ajudar, só vai aumentar mais a ansiedade e incomodar a picurrucha. Têm gente que diz "Ah, mas é porque tu tem só ela". Na real não concordo com essa teoria. Minha avó teve seis filhos e oito netos, se qualquer um tivesse uma febrinha ela parava o que quer que estivesse fazendo para correr com toda sua preocupação e atender, ou apenas sentar e fazer companhia para quem estivesse doente. Minha mãe sempre conta que um dia comentou com ela que ficava extremamente preocupada quando eu tinha alguma coisa e ela respondeu com a maior honestidade "eu me preocupo até hoje com vocês mesmo estando crescidos, isso não passa!". 
   A única vantagem que eu vejo na Violeta agora do que há dois anos atrás é que agora ela já consegue me dizer o que dói, então não me sinto tão no escuro. De qualquer forma concluo que mãe não foi feita para ver filho se sentir mal, a gente disfarça para eles não notarem, mas o que mais queremos é ver as fofouras das nossas vidas (sejam elas pequenas, grandes, jovens ou velhas) felizes e saudáveis, animadinhos e sorridentes!
   Enquanto escrevo esse post faço uma horinha para dar remédio para uma picurrucha que está deitada ao meu lado derrotada por um resfriadinho e eu não vejo a hora de ela voltar com todo o gás a mexiricar em tudo incessantemente pela casa.

    Dica: Nada a ver com post, mas uma dica muito boa para quem mora, trabalha ou passeia pela zona sul de Porto Alegre. A Oiá Baby Kids está com liquidação de outono/ inverno (compre 3 peças e leve 6). Para quem não conhece, a Oiá é um loja de roupas para os pequenos de super bom gosto e preços ótimos. Ela fica na Avenida Tramandaí, 232  em Ipanema. Vale a pena conferir!

Minha caipira amada!

Na praia

Areia é tudo!

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Feira de Livros Infantis

    Mamães que querem estimular a leitura de seus pequenos, está acontecendo aqui em Porto Alegre no Rua da Praia Shopping no terceiro piso uma feira de livros infantis da editora Ciranda Cultural (www.grupocirandacultural.com.br). Descobri por acaso (porque trabalho no prédio do shopping) e estou encantada. Comprei quatro livrinhos e gastei módicos R$ 30,00. Não comprei mais porque estava falida, mas essa semana minha conta bancária se estabiliza e eu volto lá para fazer mais uma leva de comprinhas.
   Tem livros a partir de R$3,00 até os mais caros de R$40,00. Uma variedade imensa de livrinhos de R$5,00 e R$10,00 (nos quais eu me atirei de cabeça!). Comprei o Meu Primeiro Atlas por R$10,00 e o preço de capa dele é R$ 19,90, Contos Clássicos também por R$10,00 o que normalmente custaria R$14,90. A feira vai até o dia 15 de julho e vale muito a pena conferir!

  Esses são os livrinhos que comprei. O quarto livro ( que não está na foto) presenteamos a amiguinha Isabella. O das lindas princesas custou apenas R$5,00...tri baratinho!

 Papai lendo com a Violeta

Lendo sozinha no carro com toda sua fofurescência!

quarta-feira, 18 de junho de 2014

As crianças pequeninhas e as tecnologias

    Algo que me fascina e ao mesmo tempo me perturba é a relação dos pequenininhos com as tecnologias: super tvs, mega celulares, ultra computadores e os tablets. Achava surpreendente que a Violeta com um pouco mais de um ano passasse fotos no celular usando o dedinho com a maior facilidade. Fico boquiaberta com a maneira como ela se vira com "pepad" da Vovó (apelido carinhoso para o Ipad da minha mãe). Ela abre os aplicativos, troca de atividade como se fosse a coisa mais fácil do mundo e de quebra esses dias ensinava a outra vovó (que é analógica) a mexer, e a vovó nervosa dizia pra gente "não sei o que ela tá fazendo."
    O mundo dos pequenos agora é touch, tudo se resolve com aquele dedinho preciso. Violeta tem um dvd que tem botões e quando ela vai mexer sozinha nele, fica nervosa porque não adianta só tocar na tela. Se ela para na frente do computador estica a mãozinha e corre o dedinho pela tela. Isso tudo me encanta, mas confesso que também me deixa um pouco ansiosa. Obviamente não dá para isolá-los desse mundo, senão criaríamos pequenos ETs e seria necessário criar uma bolha de isolamento para que eles não se aproximassem das tecnologias. Por outro lado qual a medida certa? Quando não é demais. Li esses dias, não sei bem aonde, que o ideal para uma criança de 2 anos é não ultrapassar 15 minutos por dia de Ipad, celular ou o que quer que seja. Daí há dois problemas: o primeiro é fazer a pessoa largar o Ipad (aqui em casa estabelecemos que se chora não pode usar no dia seguinte) e o segundo é que muitas vezes esse aparelhinhos funcionam como babá eletrônica. O que é a paz de um jantar em um restaurante com um Ipad na mão da pequena, não há nada igual. Daí obviamente que naquele dia excedemos os 15 minutos, mas é uma exceção (quantas vezes será que dá para liberar a exceção???).
    Outra coisa que me pergunto quando vejo a habilidade tecnológica da Violetinha, é o que ela vai achar da escola quando for maior? quando a escola for, digamos assim, "pra valer". Me pergunto porque na minha época não tinha tudo isso e eu já achava um tédio. Como será que ela vai se comportar tendo um professor que seguramente vai saber muito menos que ela quando o assunto for tecnologias?
    Sei lá, o mundo está muito mudado. A velocidade como as coisas acontecem é extrema, agora é aguardar para saber o que ocorrerá daqui pra frente! Ok, termino por aqui porque estou parecendo uma velha.....

 Os dedinhos precisos.....

 Torcendo pelo Brasil

terça-feira, 10 de junho de 2014

Que venha a Copa

    Os inconformados com a Copa que me desculpem, aqui em casa vai ter torcida! Honestamente acredito que os protestos contra a Copa e afins estão com um grave problema de delay. Essas manifestções todas deveriam ter acontecido a 7 anos atrás quando o Brasil foi escolhido como país sede. E por favor não me venham com o velho choramingo "mas o povo pensou que iria melhorar a estrutura de hospitais, de escolas e etc". Bastava buscar um pouquinho de informação a sete anos atrás para saber que isso não aconteceria e não é porque é no Brasil, é porque nenhum país que sedia um mega evento como esse faz obras de infra estrutura básica o que se faz são obras de "maquiagem"das cidades (geralmente superfaturadas). O que acontece é que muitos dos países que sediam esse tipo de evento já possuem uma infra estrutura básica melhor que a nossa. 
    Deixando o momento revolta de lado (cada uma se revolta com o que bem entende) e voltando ao momento coisa fofa a que se destina esse blog. Aqui em casa vai ter torcida, Violetinha já tem camiseta, quinta feira irá desfilar suas maria chiquinhas verde e amarelas e agora é festa. Me lembro quando eu era criança o Brasil já era tri fazia tempo, mas quando chegava copa do mundo era um tal de se fardar pra ver o jogo, fazer pipoca e ficar esperando o hino. Me lembro que eu pensava que o Brasil nunca ganhava nada porque afinal eu já tinha crescido e não tinha visto o Brasil ser campeão. Quando isso aconteceu, quando veio o tetra, foi felicidade total. Por essas boas lembranças ( e porque eu sou Felipão futebol clube) incentivo a Violeta a curtir esse momento com toda animação. Ela já até canta a música "soy loco por pipoca e guaraná" que era propaganda do Guaraná Antártica na época do Tetra.
    Lamento informar a quem possa parecer estranho estamos de bandeiras na mão esperando para torcer e não é por falta de informação, pelo contrário por muito acesso e excesso de consciência. Quem quiser sinta-se a vontade para fazer parte do nosso time!
   
      Vamos Lá Felipão!!!!!!

 Fardada!

 Sorrisão porque a vida é bela!