quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Birra: as mãe pira!

    Assim como os bebês vão crescendo, se tornando pequenas crianças e ficando cada vez mais independentes também aos poucos eles vão se dando conta que podem ter vontade própria, podem contrariar os pais. Talvez a primeira forma de demonstrar isso, a primeira tentativa de dar um "golpe de estado"nos pais se represente através da birra. 
    Aliás maldita birra!!!! Ninguém merece birra!!! Ninguém gosta de ver os filhos fazendo, ninguém gosta de ver os filhos dos outros fazendo, mas todos os pais do mundo já tiveram que driblar uma birra em um shopping ou no supermercado, e todo mundo já olhou para aquela criança fazendo um escândalo na rua e no seu mais íntimo pensamento, bem lá no fundo (ou talvez bem no raso) passou pela sua cabeça "Ô criancinha mal educada!" 
    Eu, como mãe de uma moça bastante braba, confesso que nas primeiras birras que ela fez em público (que incluíram se jogar no chão, espernear e gritar) queria muito poder dizer "mandrake!"e que ela automaticamente ficasse paralisada até passar a revolta, mas infelizmente não funciona assim. Já pensei na possibilidade de fingir que não é minha e comentar com as pessoas na minha volta "que menininha braba, né?", mas também não daria certo. A única vantagem que eu descobri na birra é que cada vez que ela acontece a gente vai podendo testar diferentes maneiras de tentar combatê-la e aperfeiçoar as técnicas que funcionam.  
    Com a Violeta eu descobri duas maneiras de fazer com que ela pare de fazer um escândalo, seja em casa ou na rua. A primeira maneira é ignorar, fingir que nada está acontecendo. As vezes passa dois minutos (até menos e tudo acabou). As vezes ela dá um jeito de ficar bem de frente pra mim de forma que eu seja obrigada a olhar pra ela e daí obviamente não funciona. A segunda maneira é a mais eficiente (aprendi vendo aquela super nanny inglesa), mais de 30 segundos de birra, eu me abaixo na altura dela e falo com uma voz muuuuuuiiiiiiitoooooooooooo firme e pausadamente, mas sem gritar e nem alterar o tom "Para agora com isso!" Funciona que é uma maravilha. Confesso que não sei o que passa pela cabeça dela, mas o fato é que ela sabe que atingiu um limite, que é melhor recuar e ficar bem meiguinha!  
    Isso não significa que as birras foram eliminadas da casa, sempre tem uma aqui e uma ali, mas isso só significa que ela é uma criança que nem todas as outras. Então, o que posso dizer sobre birra é: para quem tem filho na idade da Violeta, todos são assim. Para quem tem menorzinho, prepare seu coração e sua paciência. Pra quem tem filho grande, você já até esqueceu que o seu foi assim, né? E pra quem não tem filho, apesar de tudo vale muito a pena!

 Careteira!

 É um charme essa baixinha




quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Nós duas e uma bicicleta

    Com a dita hérnia de disco do meu marido (que já foi operado e está de vento em popa na recuperação) ganhei uma bicicleta. Sim, o fofo não pode pedalar loucamente pela cidade pelos próximos anos e eu herdei uma bicicleta! Desde que ele comprou essa bicicleta ele sempre me dizia "vamos comprar uma cadeirinha pra Violeta andar comigo"e eu sempre falava "esse mês estamos muito sem grana"e o tempo foi passando e nunca compramos a cadeirinha. Eis que assim que me dei conta de que a bicicleta ficaria para mim, rapidamente achei uma promoção de cadeirinha na internet e comprei. OK, confesso que num primeiro momento me senti super mal, porque não comprei a cadeirinha quando ele podia andar e agora tinha comprado super rápido e blábláblá, enfim um certo remorso, mas passou logo! Do remorso pulei pra ansiedade de esperar a cadeirinha chegar!
    Chegou uns três dias depois que comprei e eu fui toda animada montá-la. Quando abri a caixa, peguei o manual, comecei a tentar montar, me perguntei "por que cargas d'água a gente acha que vai conseguir montar alguma coisa só porque vem com manual?" tem coisas que precisam ser montadas por pessoas que entendam do assunto. Depois de ler e reler o dito manual por todos os ângulos e lados, tentar várias vezes encaixar a infame da cadeira na bicicleta cheguei a conclusão que ela não servia para aquela bicicleta, mas meu marido (que não tinha tentado se matar de inveja) disse que eu deveria ir com a cadeirinha em uma oficina de bicicleta. 
    Segurei toda a minha ansiedade de colocar os cabelos da Violetinha ao vento e esperei até o dia seguinte. Levei a bicicleta e a cadeirinha em uma primeira oficina o moço olhou pra bicicleta, olhou pra cadeirinha, olhou pra minha cara ansiosa e disse que a cadeirinha não servia para aquele tipo de bicicleta. Não me conformei e fui na "Casa Catraca", uma loja tradicional de bicicleta aqui de Porto Alegre. Dessa vez o moço olhou e disse "dá pra dar um jeito!" Respirei aliviada (não tinha jogado R$60,00 pela janela ao comprar a cadeirinha na internet). Ele só teve que inverter uma peça e a cadeirinha encaixou direitinho. De qualquer forma fica a dica ao comprar a cadeirinha vá em uma loja física com a bicicleta em mãos pra ver se vai dar certo, e também fica a pergunta porque não se faz mais cadeirinha que nem aquelas da década de 1980 que era só encaixar dois ganchinhos no guidão?
    Cadeirinha finalmente instalada peguei nossos capacetes e fui dar a primeira volta com a Violeta. Tão difícil quanto instalar a cadeirinha foi colocar ela na mesma. A bichinha teve um ataque de choro, berrava loucamente, mas eu abstraí o choro e pensei: "daqui a pouquinho ela vai gostar". Andamos umas 10 quadras com ela parecendo a sirene da bicicleta de tanto que chorava. Fomos atravessar uma rua e uma senhora me olha e diz "acho que ela não tá gostando muito"e eu bem compenetrada respondi "não é isso, é que é a primeira vez que ela anda!". Aos poucos ela foi se distraindo, se distraindo e parou de chorar e até falou sobre os passarinhos.
   No segundo dia que fomos sair a minha mãe, bem vó, disse "será que ela vai querer?" Pra que perguntar isso? A Violeta ainda não fala tudo, mas entende tudo e o resultado da pergunta foi um chororô danado até a vovó não estar mais no campo de visão dela. Assim que a vovó desapareceu ela começou a conversar e abanar para as pessoas que passavam.
    Bom a partir desse segundo passeio tivemos uma nova dinâmica comportamental, agora Violeta nutre um profundo amor pela bicicleta. Vê ela estacionada e pede pra andar. Quando saímos, ela parece uma miss desfilando em carro aberto. Abana e manda beijos para quem quer que passe, inclusive para os carros e animais. Agora todos os dias colocamos nossos capacetes e saímos fazendo o maior sucesso pelas ruas da cidade!


    Obs.: A cadeirinha que compramos é Kalf. É muito boa, mas tem que cuidar porque ela não se adapta a váaaaariiiiiaaaaaaas bikes!



Minha Formiga Atômica amada!



domingo, 3 de novembro de 2013

Cada dia mais autônoma

    Uma coisa que me fascina, e imagino que deva fascinar todas as mães, é a autonomia que os pequenos aos poucos vão adquirindo. É lindo ver aquele serzinho que até ontem não andava fazendo conquistas diárias, tentando, tentando, tentando fazer algo até finalmente conseguir. Como diria o publicitário do cartão de crédito isso não tem preço. Até mesmo quando é uma danação, algo que você não quer que a criança faça, é inevitável sentir um certo orgulho (rapidamente disfarçado por uma ralhação) da conquista do pimpolho.
    A Violeta já é amplamente capaz de pegar frutas sozinha na cozinha. Pega o que quer comer e sai andando cheia de si, mas esses dias se atrapalhou e quando vejo ela está tentando comer um limão com casca. Achei bonitinho mas fui logo tirar da mão dela antes que tivesse uma decepção geral com as frutas ofertadas pela casa. O armário dela não tem jeito de ficar arrumado, quando não sei onde ela está e tudo está muito silencioso pode ter certeza que ela estará no quarto tirando tudo de dentro armário e colocando de volta na ordem que ela acha adequada. 
    Entre as danações talvez a mais vitoriosa conquista e também a mais perigosa, foi aprender a sentar no encosto do sofá e ela ainda teve ajuda do papai. Agora estamos sendo obrigados a combater o andar no encosto do sofá que isso sim será tombo feio na certa. Ela também já pega os celulares da casa e consegue colocar no aplicativo dos desenhos do Pato Donald é um amor, maaaaassssss isso faz com que ela tenha a mais absoluta certeza que os celulares são dela e estamos tendo que não permitir livre acesso a eles, até porque se não será livre estrago de aparelhos caros.
    Entre os objetivos ainda não alcançados em plenitude, mas que estão em vias de serem concretizados estão falar (ela fala algumas coisas, mas 80% não entendemos o que quer dizer o que a deixa irritadíssima), colocar um blusa sozinha (ela tenta passar pela cabeça todas as roupas inclusive as calças). E ainda tem aqueles objetivos que nós esperamos que ela alcance logo (não que ela esteja tentando ou pretendendo, mas nós botamos em pauta) que é tirar a fralda.
    Ver a Violeta desembebesando, como disse minha prima Clarice, é o máximo. É satisfação total para todos, para ela e para nós pais. O mais estranho é quando contamos os grandes avanços para aquelas pessoas que não tem filhos e nem crianças próximas que elas olham com uma cara de "isso não é óbvio?", claro que é óbvio e esperado, mas para nós é um sucesso! E é claro que a gente fica meio retardado contando a gracinhas da fofura, mas acho que se não ficássemos assim não estaríamos aptos para ser pais!

 Coisa mais fofa comendo melancia sozinha!

 Parece a Magali

Versão perua no balanço