sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Maldito comprimido

    Minha casa sempre foi a maior bagunça, não me orgulho, mas também não nego. Meu marido e eu somos naturalmente grandes bagunceiros. Depois que a Violeta nasceu tivemos que nos tornar mais organizados para o bem estar geral e principalmente porque bebês sempre mexem exatamente no que põem a vida deles em risco. O fato é que desde o nascimento da nossa pequena, nos tornamos muito mais organizados, nos policiamos o tempo todo com a bagunça e eu me tornei um pouco obcecada pela limpeza das coisas, principalmente porque a Violetinha funciona com um mini aspirador: ela vai andando pela casa e catando tudo o que encontra no chão e enfiando na boca.
    Mesmo com todos os cuidados já aconteceram coisas desagradáveis, como por exemplo o dia que ela mastigava algo e eu enfiei o dedo na boca dela e tirei de dentro um desses negocinhos de segurar o fio no rodapé que tem um preguinho. Pois não é que a coisa fofa tinha arrancado da parede e estava com ele dentro da boca. Um dia fui até injusta com ela vi que estava mastigando algo, fui lá coloquei o dedo na boca dela para ver o que era e me deparei com um pedaço de pão que ela tinha guardado no bolsinho. A pobre chorou, chorou, magoadíssima comigo.
    Os medicamentes, produtos de limpeza e tudo que pode potencialmente ser ingerido, espetado, cortado ou eletrocutado pela Violeta, fazemos o maior esforço para que nunca se encontre ao alcance dela, mas enfelizmente tem momentos em que algumas situações não conseguem ser evitadas.
    Meu marido segue torto com hérnia de disco (parece que esse final de semana a situação será reparada) e em função disso toma remédios fortíssimos. Eis que um dia desses ele me pediu para partir um comprimido em dois. Lá fui eu na cozinha coloquei o comprimido em uma tábua peguei um faca e o maldito comprimido se dividiu em dois, mas uma das partes alçou voo pela cozinha. Isso aconteceu por volta das 21h30. Eu entreguei o comprimido e a Violeta para o meu marido e fui pra cozinha catar a maldita metade voadora. Varri todo a cozinha, arrastei os móveis, varri de novo, andei de quatro por toda a cozinha, andei de novo com uma lanterna na boca olhando e tateando o chão, passei aspirador (nada foi encontrado dentro dele), passei pano, varri de novo, andei de novo com a laterna na boca. Às 23h30min desisti e coloquei um daqueles portõezinhos para bebes não entrarem em determinados recintos.
    No outro dia de manhã procurei de novo e nada! Meu marido é da teoria que se largassemos a Violeta por 5 min na cozinha ela encontraria o comprimido com seus dedinhos de pinça, claro que isso teria que ser extremamente supervisionado e eu acho que ela não trabalha sob pressão. Até segunda ordem seguimos com o portãozinho na cozinha (já começo a desconfiar que jamais encontraremos o comprimido) e cada vez que eu entro na cozinha e o portãozinho se fecha a Violeta se joga nele abre um berreiro como se nós duas nunca mais fossemos nos ver. Um dia ela vai entender (ou não) que é para o bem estar dela e claro cada vez que vejo aqueles dedinhos pinçarem algo e estarem se dirigindo para a boca dela me atiro de peixinho feito uma louca combatendo o possível inimigo, não interessa qual seja o cômodo da casa.
Odeio esse meio comprimido! Ninguém deveria receitar meio comprimido na casa de quem tem crianças pequenas!
 
 Nossa holandesinha
 
 Os vários dedinhos de pinça
 
 
Quando a grade ainda era na área de serviço e elas tinham um bom relacionamento!
 

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Isso é ser mãe?!

    Quando se tem filho descobrimos que ser mãe é muito mais do que a gente sempre imaginou. É uma prática diária de desapego, de doação de constante carinho e amor, de superação de todos os nojinhos que antes tínhamos, enfim é um divisor de água na vida de qualquer mulher. O engraçado é que a mudança na vida acontece de um dia para o outro: um dia se está grávida, no outro dia se é mãe e é assim sem cuspe! Por mais que a mulher passe nove meses se preparando para isso chega na hora haga e do nada simplesmente a gente se torna mãe. Responsável por aquele micro serzinho indefeso inteiramente dependente de ti. Essa é uma das transições mais repentinas, estranhas e difíceis de explicar pelas quais alguém pode passar. 
    Acho que num primeiro momento a mudança é tão grande que a gente vai meio que sendo levado pela onda. Assumindo aquele mundo de responsabilidade e instintivamente tomando as rédeas da situação, se munindo de toda as iniciativas que você precisa para dar segurança e de fato se responsabilizar pelo seu mais novo objeto de afeição, aliás afeição essa que você jamais sentiu por nada nem ninguém no mundo: o seu pequeno rebento. Obviamente não sei se é assim pra todo mundo, mas para mim pelo menos foi. 
    Eis que passado esse período inicial de adaptação a essa nova vida você começa a se dar conta que é mãe. Antes você só tinha sido filha/filho, agora é mãe. E são em pequenas coisas cotidianas que percebemos: sim, sou mãe.
  Algumas semanas atrás tive mais uma prova completa desse "sim, sou mãe". Violeta estava resfriadinha. No meio da noite pediu para passar para a minha cama, eu deixei e percebi que ela estava com febre. Dei um antitérmico e fomos dormir. Luzes apagadas e Violeta se remexia de um lado para o outro. Eu pensei que era o nariz entupido. Coloquei remédio para o nariz. A pequena seguia se mexendo de um lado para o outro. Eu estava com tanto sono que apesar de todo o remelexo acabei pegando levemente no sono. Não deve ter passado de dois minutos de sono e eis que sou despertada da forma mais abrupta de toda a minha vida. Violeta vomitou na minha cara, no meu cabelo. 
    Levei um tremendo susto ( e pasmem, não vomitei de nojinho), mas a pobre pequena chorava de mais susto, de incomodo. Acordei meu marido (que continua entrevado com a hérnia de disco), ele abraçou ela enquanto eu fui no banheiro. Lavei o rosto, voltei a enxergar e prendi o cabelo todo vomitado.
    Voltei para o quarto ajudei o marido entrevado a se levantar e sentar num banquinho. Limpei a Violeta e troquei o pijaminha dela. Coloquei a fofa no colo do Papi. Troquei toda a roupa de cama, depositei os dois de volta na cama e fui tomar um agradável banho em plena madrugada. Lá no meio do banho eu pensei: pois então... de fato eu sou mãe!

 Ela argumenta!

 face to face

Assim nos organizamos no sofá

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Fim de semana de novas experiências

    Faz algum tempo que a Violeta entrou em uma nova fase do entretenimento infantil, agora ela divide o amor pela Galinha Pintadinha com a enorme paixão pelo Mickey e seus amigos. Tem alguns meses que ela descobriu (ou melhor nós descobrimos) a existência da Casa do Mickey e ela ficou fascinada pelo Mickey, a Minnie, o Pateta, o Pluto, a Margarida e principalmente pelo Pato Donald (que ela carinhosamente chama de Quack Quack). Aliás do Donald ela adora inclusive os desenhos antigos. O amor por eles é tão grande que às vezes ela me acorda no meio da noite e diz "Mamãe, o Mickey?"e eu respondo "ele tá dormindo", ela para pensa e me pergunta "o quack quack?"e eu respondo que ele também tá dormindo.
    O fato é que em meio a essa fase teve aqui em Porto Alegre o "Disney Live", um show de música do Mickey e seus amigos. Nós, obviamente, não poderíamos perder. Comprei nossos ingressos para sexta feira e na quinta de noite Violeta ficou febril. Acordou na sexta não cem por cento, mas considerando que o Papi dela continua com o problema da hérnia de disco em repouso absoluto em casa e que os ingressos somaram a pequena cifra de R$279,00 com a entrega, cheguei a conclusão que um febrinha não ia acabar com nosso programa imperdível. Então, fomos (eu, minha mãe, minha tia e a picorrucha) mesmo um pouco malade. Conclusão: Melhor ideia de todas, pois mesmo meio doentinha a Violeta ficou encantada. Dançou, bateu palma, cantou, gritou para seus novos personagens preferidos, enfim programa com sucesso total.
    No domingo ela já estava bem melhorzinha sem febre, só um pouco resfriada e como o programa de sexta tinha sido um sucesso resolvi fazer uma experiência no cinema. Fomos ver "Tá chovendo hamburguer 2". Acho que desse programa o que ela mais gostou foram as pipocas, enquanto tinha pipoca ela ficou sentadinha. Acabaram as pipocas e ela começou a ficar inquieta. Pediu suco. Subiu e desceu a escada do cinema. Voltou para o meu colo. Falou com o personagem do desenho. Subiu e desceu a escada de novo. Comeu pipocas encontradas no chão. Subiu e desceu a escada mais uma vez. Me deu um beijinho. Lá se foram 40 minutos do filme que tinha 90 minutos e eu cheguei a conclusão que estava de bom tamanho para aquele dia.  Fomos embora, mas a experiência foi válida. Acho que um filme que fosse um pouco mais musical teria prendido melhor a atenção dela, mas saímos ambas satisfeitas com nossa programação. A pequena cresce e evoluí e os programas também!

 Pipocas no cinema

A rainha do balanço da pracinha

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Um furacão passou na minha vida

    Sábado passado lancei meu primeiro livro "As Loucas Aventuras da Guria Maluca", mas como nada na vida pode ser simples e fácil, os livros que vinham do Rio de Janeiro ficaram presos na greve dos correios e coube a mim, minha super mãe e bons amigos localizar e resgatar meus amados livros do centro de entrega de encomendas do centro de Porto Alegre. 
    Os dias que antecederam o lançamento foram bastante tensos, pois até sexta feira de tarde não tínhamos muita certeza de que eu teria os livros a tempo. Somado a isso, o meu marido estava completamente entrevado e constataram que ele tinha duas hérnias de disco. E para completar, finalmente vamos realmente nos mudar, mas temos um prazo de 60 dias para isso acontecer e precisamos encontrar uma casa a tempo. Enfim, tensa é um adjetivo leve para definir meu estado de nervos e espírito nos dias  que vieram antes do lançamento, até mesmo surtada talvez fosse pouco.
    Na quinta feira a noite foi o ápice da confusão. Eu no telefone falando com alguns amigos, tentando encontrar uma maneira de tirar os livros do correio, vários e-mails a serem enviados. Meu marido voltando do médico se arrastando (literalmente) com uma dor monstra, com o diagnóstico das hérnias e a prescrição de um tratamento para dor, para só depois tratar as hérnias. Nós nos olhávamos e praticamente rosnávamos um para o outro porque nada que um diziam servia para resolver o problema do outro. E no meio dessa confusão a fofa da Violetinha!
    Aliás, Santa Violetinha que no meio disso tudo se comportou muito bem. Teve todos os seus horários e rotina alterados, mas mesmo assim pouco incomodou. O mais inusitado aconteceu perto da hora do banho. Normalmente, lá pelas 19h30min ela vai para o banho, mas no meio da confusão já eram 20h e eu nem tinha começado a pensar em dar banho dela. Entre um telefonema e outro, passei pelo banheiro, olhei e lá estava ela sentada na bacia de tomar banho que tem dentro do box. Detalhe: toda vestida inclusive de tenis, sentada em uma água gelada que devia ter sobrado de algum banho bem distraída brincando com seus bonequinho de tomar banho.
    Ela deve ter pensado "já que ninguém me leva pro banho, vou sozinha!". Depois disso respirei fundo superei o surto e fui dar um banho bem quentinho na minha pequenininha, porque se tem alguma coisa que me acalma e torna minha vida bem mais interessante é a essa guria fofa!
    
    
    P.S.: Quem tiver interesse em comprar o meu livro ( que não tem relação nenhuma com esse blog, mas garante boas risadas) ele está a venda na loja Koralle aqui em Porto Alegre ou também pelo site da editora http://www.editoramultifoco.com.br/literatura-loja-detalhe.php?idLivro=1350&idProduto=1382

 Fazendo um carinho na vovó!

 Escolhendo um livro

 Dando autógrafo com a mamãe